Data

Trump assina decreto que dobra tarifas sobre aço e alumínio nos EUA, de 25% para 50%

Medida entra em vigor já nesta quarta (4), com impactos para o Brasil. O Reino Unido, que recentemente chegou a um acordo comercial com os norte-americanos, é exceção: seguirá com taxa de 25%. Donald Trump na US Steel Corporation–Irvin Works em West Mifflin, Pensilvânia
REUTERS/Leah Millis
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (3) um decreto que dobra as tarifas sobre aço, alumínio e derivados importados pelo país. As taxas, que passarão de 25% para 50%, entram em vigor já nesta quarta-feira.
No texto, o governo dos EUA afirma que o objetivo da medida é garantir a segurança nacional do país. O Reino Unido, que recentemente chegou a um acordo comercial com os norte-americanos, é a única exceção: continua com tarifas de 25%.
O novo decreto confirma a promessa feita por Trump na última sexta-feira (30). Nas redes sociais, ele havia anunciado sua decisão de dobrar as taxas sob o argumento de “proteger ainda mais a indústria siderúrgica americana”. Pouco tempo depois, confirmou que a medida entraria em vigor nesta quarta.
As taxas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio nos EUA, anunciadas na atual gestão de Trump, estavam em vigor desde 12 de março.
A aplicação das tarifas afetou diretamente o setor siderúrgico de grandes parceiros comerciais dos EUA, como Canadá e México. O Brasil, segundo maior fornecedor de aço do país, também foi impactado.
Especialistas ouvidos pelo g1 apontam que uma das principais consequências das tarifas é a redução das exportações para os EUA. Além disso, o cenário impõe novos desafios ao setor siderúrgico, que pode ser forçado a redirecionar suas vendas ou, no longo prazo, reduzir a produção.
Para as empresas com fábricas no Brasil, os efeitos variam. De um lado, estão as companhias com forte atuação no mercado externo, que tendem a ser mais prejudicadas pela queda nas exportações.
De outro, estão aquelas com foco maior no mercado interno, que sentem menos o impacto direto. No entanto, essas empresas enfrentam o desafio de lidar com o possível aumento da oferta de produtos no mercado doméstico — o que pode pressionar os preços e reduzir as margens de lucro.
Procurado pelo g1 para comentar a nova medida, o Instituto Aço Brasil, que representa as siderúrgicas brasileiras, não se pronunciou. Em nota publicada em março, quando passou a valer a taxa de 25%, a entidade disse estar confiante no diálogo entre os governos brasileiro e norte-americano.
Reportagem em atualização.

O Idecon é um Instituto que caminha por meio de muito trabalho, ofertando serviços em busca do Equilíbrio e Harmonia nas Relações de Consumo.

Downloads

Entre em Contato