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Montadoras dos EUA alertam que tarifas de Trump podem aumentar preços de veículos em até 25%

Tarifaço de presidente norte-americano elevam incertezas com inflação, juros e atividade econômica nos EUA. Navio e carros parados em porto de Los Angeles, nos EUA, em foto de 29 de abril de 2020
Lucy Nicholson/Arquivo/Reuters
Um grupo comercial que representa quase todas as principais montadoras de carros dos Estados Unidos alertou na terça-feira que novas tarifas de 25% sobre importações do Canadá e do México impostas pelo presidente Donald Trump levarão a aumentos drásticos de preços.
“Todas as montadoras serão impactadas por essas tarifas no Canadá e no México. A maioria prevê que o preço de alguns modelos de veículos aumentará em até 25% e o impacto negativo no preço e na disponibilidade dos veículos será sentido quase imediatamente”, disse John Bozzella, que lidera a Alliance for Automotive Innovation, à agência de notícias Reuters.
Depois de 30 dias de adiamento, as tarifas anunciadas por Trump há pouco mais de uma mês sobre Canadá, México e China começaram a valer nesta terça-feira (4) e desencadearam reações de cautela no mundo todo.
As medidas impões tarifas de 25% sobre todas as importações que chegam aos EUA do Canadá e do México e taxas adicionais de 10% sobre tudo que vem da China.
Além disso, Trump já ameaçou taxar em 25% as importações da União Europeia e já anunciou uma série de outras medidas semelhantes, como:
tarifas de 25% para todas as importações de aço e alumínio que chegam aos EUA, a partir de 12 de março;
a cobrança de tarifas recíprocas a países que cobram taxas de importação de produtos americanos, a partir de 2 de abril;
a promessa mais recente, feita nesta segunda-feira (3), de impor tarifas de importação a todos os produtos agrícolas que chegam ao país também a partir de 2 de abril.
Taxas maiores aos produtos que chegam aos EUA tendem a elevar os preços dos insumos e produtos no país, encarecendo a produção de diversas cadeias produtivas, como a dos automóveis, e os preços para o consumidor final — movimento que pode pressionar a inflação americana.
Uma inflação acelerada pode levar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a elevar suas taxas de juros, como forma de tentar conter o avanço dos preços — justamente porque juros maiores tendem a frear os níveis de consumo da população.
Com expectativa de mais inflação, que deixa tudo mais caro, e mais juros, que encarecem, também, a tomada de crédito e financiamentos, o mercado começa a acreditar que a atividade econômica norte-americana pode desacelerar.
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*Com informações da agência de notícias Reuters

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