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Dólar opera em leve baixa, com mercado de olho em novos dados no Brasil, EUA e China

Na última sexta, a moeda norte-americana avançou 1%, cotada a R$ 6,1017. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, recuou 0,77%, aos 118.856 pontos. Dólar
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O dólar opera em leve baixa nesta segunda-feira (13), iniciando mais uma semana com o mercado de olho na divulgação de alguns dos últimos dados econômicos referentes ao ano de 2024 no Brasil e lá fora.
Por aqui, destaque fica com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que é considerado uma prévia do número fechado do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O indicador será divulgado na quinta-feira (16), com os números de novembro.
Também no cenário interno, o Banco Central do Brasil (BC) divulgou mais uma edição do Boletim Focus, relatório que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país.
Os especialistas voltaram a elevar suas projeções para a inflação nacional em 2025 e esperam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano em 5%. Isso colocaria a inflação brasileira, mais uma vez, acima do teto da meta. A meta é de 3% para este ano, e será considerada cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%.
Já no exterior, investidores aguardam novos dados de inflação nos Estados Unidos. Nesta terça-feira (14), sai a inflação ao produtor, enquanto na quarta-feira (15), será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor.
Os dois dados são de dezembro e mostrarão como ficou a inflação americana ao longo de 2024. Esses números serão observados com atenção, pois trazem pistas sobre como o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode conduzir sua política de juros em 2025.
Uma inflação mais controlada e perto da meta do Fed, de 2% ao ano, pode contribuir para que a instituição promova novos cortes em suas taxas de juros. Juros menores nos EUA reduzem a rentabilidade dos títulos públicos do país, considerados os mais seguros do mundo, e contribuem para uma desvalorização do dólar frente a moedas de outros países.
Já uma inflação acelerada pode ter o efeito contrário, dando mais força ao dólar, principalmente com a eleição de Donald Trump. O novo presidente promete taxar os produtos importados que chegam aos EUA, o que pode encarecer esses produtos e elevar a inflação no país.
Ainda no exterior, o mercado repercute os números da balança comercial da China. Em dezembro, o país teve um superávit comercial — ou seja, exportou mais do que importou — de US$ 104,84 bilhões, acima das expectativas e mostrando um aumento em relação aos números registrados em novembro.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h55, o dólar caía 0,10%, cotado a R$ 6,0957. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira (10), a moeda fechou em alta de 1%, cotada a R$ 6,1017.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,28% na semana;
recuo de 1,26% no mês e no ano.

Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na sexta, o índice encerrou em alta de 0,77%, aos 118.856 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,27% na semana;
perdas de 1,19% no mês e no ano.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
A atividade econômica brasileira e a inflação no país seguem no centro das atenções do mercado nesta semana.
Depois de encerrar 2024 com uma alta acumulada de 4,83%, as expectativas para o IPCA em 2025 já são de um novo estouro da meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Segundo o Boletim Focus, os economistas do mercado esperam ver o IPCA em 5% até o fim do ano, contra uma expectativa de alta de 4,99% na semana passada. A projeção para 2026 também subiu, de 4,03% para 4,05%.
Na última sexta-feira, o novo presidente do BC, Gabriel Galípolo, precisou enviar uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando porque a inflação ficou acima da meta em 2024. O documento disse que o estouro foi causado pela forte atividade econômica, queda do real e extremos climáticos.
A preocupação do mercado é que alguns desses fatores devem persistir, com destaque para a atividade econômica aquecida e a depreciação do real. Nesse sentido, investidores monitoram de perto a próxima divulgação do IBC-Br, que traz uma prévia do que deve ser o PIB do quarto trimestre.
Para a taxa de câmbio, o Boletim Focus mostra que as projeções são de um dólar a R$ 6 no final do ano. Os fatores para a pressão da taxa de câmbio são internos e externos.
Por aqui, o mercado ainda segue de olho no cenário fiscal, esperando novas sinalizações do governo sobre a contenção das despesas da União, para que seja possível equilibrar as contas públicas.
Já no exterior, a posse de Donald Trump, que acontece no próximo dia 20, pode trazer novas pressões inflacionárias para os EUA, se o presidente eleito cumprir suas promessas de tarifar os produtos importados no país.
Mais tarifas devem elevar os preços dos produtos, gerando mais inflação. Isso pode interromper o ciclo de queda de juros do Fed, ou até levar a instituição a voltar a promover altas nas taxas.
Se os juros sobre, os rendimentos dos títulos públicos americanos ficam mais atrativos e geram uma tendência de mais investimentos no país, valorizando o dólar em relação a outras moedas.

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