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Dólar abre em queda, a R$ 6,05, de olho na posse de Donald Trump e leilões do BC

Na sexta, moeda norte-americana avançou 0,20%, cotada a R$ 6,0655. O principal índice da bolsa de valores avançou 0,92% aos 122.350 pontos. Cotação do dólar mostra menor confiança na economia brasileira devido a gastos e dívidas do governo
Jornal Nacional/ Reprodução
O dólar abriu em queda nesta segunda-feira (20), aos R$ 6,05, com investidores acompanhando a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
A expectativa é que o republicano anuncie uma série de ordens executivas e decretos assim que for empossado como presidente. As medidas devem impactar áreas como imigração e energia e os anúncios ficam na mira dos investidores, que agora tentam avaliar os primeiros passos de Trump em seu novo mandato.
No Brasil, os economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central (BC) elevaram novamente as expectativas de inflação para este ano e também para 2026. As previsões estão no boletim Focus divulgado nesta segunda.
Para 2025, a estimativa de inflação subiu de 5% para 5,08% na décima quarta alta seguida. Com isso, segue acima do teto da meta. Para 2026, a expectativa subiu de 4,05% para 4,10%. Foi o quarto aumento consecutivo no indicador.
Além disso, o BC fará dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra no futuro) nesta segunda, com oferta total de US$ 2 bilhões.
O primeiro será realizado entre 10h20 e 10h25, com oferta de US$ 1 bilhão, e outro das 10h40 às 10h45, com oferta de mesmo valor.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 9h15, o dólar operava em queda de 0,19%, aos R$ 6,0589. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,20%, cotado a R$ 6,0655.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,59% na semana;
recuo de 1,85% no mês e no ano.

O primeiro será e 10h20 às 10h25, com oferta de 1 bilhão de dólares e data de recompra em 4 de novembro de 2025. Já o leilão de linha B será realizado das 10h40 às 10h45, com oferta de 1 bilhão de dólares e data de recompra em 2 de dezembro de 2025.
Ibovespa
O Ibovespa opera apenas a partir das 10h.
Na sexta-feira, o índice subiu 0,92%, aos 122.350 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 2,94% na semana;
ganho de 1,72% no mês e no ano.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos é o evento do dia. Investidores tentam avaliar quais os efeitos das medidas do republicano na política econômica do país. A previsão é que Trump anuncie uma série de decretos já nos primeiros dias de mandato.
Na semana passada, o novo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as políticas de Trump devem ajudar a reduzir a inflação e a aumentar os salários dos trabalhadores nos Estados Unidos. Ele também reiterou que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve continuar independente, e defendeu sanções mais duras ao setor petrolífero da Rússia.
“Os temas políticos vão se tornar cada vez mais relevantes, conforme temos os primeiros passos e movimentos do governo de Donald Trump”, afirmou a estrategista de investimentos da XP Rachel de Sá durante live nesta sexta-feira.
Do lado macroeconômico, os sinais recentes sobre a atividade dos Estados Unidos também seguem no radar. O país reportou dados mais fracos no segmento varejista, além de um aumento maior do que o esperado no número de pedidos de auxílio-desemprego — o que indica que a economia do país tem perdido força, mas de maneira gradual.
Com isso, seguem as expectativas de que o Fed mantenha sua postura cautelosa na condução da política monetária norte-americana ao longo deste ano. A projeção da XP é que a instituição faça apenas mais dois cortes de juros em 2025.
No Brasil, além das mudanças de expectativa de inflação, o Focus trouxe projeção do mercado para o juro básico da economia em 15% ao ano, uma manutenção em relação à semana anterior. Para o fim de 2026, o mercado financeiro elevou a projeção de 12% para 12,25% ao ano.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, a projeção do mercado subiu de 2,02% para 2,04%. Já para 2026, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro recuou de 1,80% para 1,77%.

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