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Copom avalia que aprovação de arcabouço fiscal ‘sólido’ e ‘crível’ pode ajudar no combate à inflação

O Banco Central informou nesta terça-feira (9) que a aprovação pelo Congresso Nacional de um arcabouço fiscal “sólido e crível” pode ajudar no combate à inflação ao reduzir as expectativas de pressões sobre os preços e incerteza na economia.
“O Comitê discutiu também os impactos do cenário fiscal sobre a inflação e avalia que a apresentação do arcabouço fiscal reduziu a incerteza associada a cenários extremos de crescimento da dívida pública. O Comitê seguirá acompanhando a tramitação e a implementação do arcabouço fiscal apresentado pelo Governo e em apreciação no Congresso”, acrescentou.
A informação consta na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado formado pela diretoria e presidente do BC, que manteve na semana passada a taxa básica de juros em 13,75% ao ano — o maior nível em seis anos e meio.
A proposta de arcabouço fiscal, a nova regra para as contas públicas no lugar do teto de gastos, foi apresentada em abril ao Legislativo. Pela proposta, as despesas não poderiam subir acima das receitas, e haveria limite para os gastos como forma de tentar evitar uma alta maior da dívida pública.
De acordo com o BC, porém, a pressão inflacionária ao consumidor “continua elevada” e as expectativas de inflação para os próximos anos “seguem desancoradas” (estão acima) das metas definidas pelo Conselho Monetário Nacional (veja mais abaixo nessa reportagem e importância das expectativas de inflação sobre as decisões do Copom).
Indicações à diretoria do BC
A reunião do Copom desta semana será realizada em meio a um intenso debate sobre o nível da taxa básica de juros da economia. O juro brasileiro é a maior taxa real do mundo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem disparado fortes críticas ao patamar da taxa básica da economia, por conta do impacto no nível de atividade e de emprego.
Chefiado por Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o Banco Central possui autonomia operacional para definir a política monetária com objetivo de controlar a inflação. As decisões sobre os juros são tomados pela diretoria colegiada da instituição.
Nesta segunda-feira (8), O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que Gabriel Galípolo, atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, é o indicado para assumir a diretoria de Política Monetária do Banco Central.
Economistas ouvidos pelo g1 acham que Galípolo deve trabalhar internamente pela queda da taxa básica de juros do país.
Como o BC define os juros
A taxa de juros é o principal instrumento do Banco Central para tentar conter as pressões inflacionárias no país. Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic.
Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o Banco Central pode reduzir o juro básico da economia.
Neste momento, o BC já está ajustando a taxa Selic para tentar atingir a meta de inflação do próximo ano, uma vez que as decisões sobre juros demoram de seis a 18 meses para terem impacto pleno na economia.
Para 2023, a meta de inflação foi fixada em 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
A meta de inflação do próximo ano é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

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