Decisão da bolsa de valores brasileira ocorre em meio ao afundamento de solo em Maceió (AL), em uma área de mina operada pela empresa. Imagem panorâmica mostra localização onde mina pode afundar, próximo da lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, em Maceió
Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas
A bolsa de valores brasileira, a B3, anunciou nesta terça-feira (5) que irá excluir as ações da Braskem de seu Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) a partir da próxima sexta (8).
A decisão ocorre em meio ao afundamento de solo e risco de colapso em Maceió (AL), em uma área de mina operada pela empresa. Desde o dia 30 de novembro, o solo já cedeu 1,86 m na região, sendo 6,5 cm nas últimas 24 horas.
“Em função da situação de emergência decretada pela prefeitura de Maceió, envolvendo uma mina da Braskem, a B3 iniciou em 1 de dezembro o Plano de Resposta a Eventos ESG relacionados ao ISE B3”, afirmou a empresa de infraestrutura para o mercado financeiro.
O g1 entrou em contato com a Braskem, mas não teve resposta até a última atualização desta reportagem.
Defesa Civil baixa nível de alerta para colapso de mina em Maceió
Na prática, a empresa será excluída de um grupo seleto de companhias que têm “seu reconhecido comprometimento com a sustentabilidade empresarial”.
Segundo a B3, o objetivo do índice é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com boas ações de sustentabilidade, “uma vez que as práticas ESG (Ambiental, Social e de Governança Corporativa, na sigla em inglês) contribuem para a perenidade dos negócios”.
Afundamento do solo em área de mina em Maceió aumenta de novo e chega a 1,86 m
Ao comunicar a decisão, a bolsa de valores brasileira também disse que considerou os quatro pilares de seu Plano de Resposta:
impacto ESG da crise;
gestão da crise pela companhia;
impacto de imagem da crise na empresa;
e resposta da companhia à crise.
A B3 ponderou que a decisão não deve ser tomada como pré-julgamento das responsabilidades da companhia, mas decorre da aplicação do disposto na metodologia do ISE B3.
Ritmo do afundamento do solo passa a 0,26 cm por hora em área de mina em Maceió
Veja a variação no ritmo de afundamento do solo na área da mina da Braskem:
30/11 – no dia seguinte ao alerta, quando a Defesa Civil passou a fazer o monitoramento da movimentação do solo na área da mina que pode colapsar, o afundando estava a uma velocidade de 5 cm/h.
01/12 – pela manhã, a medição mostrava que o ritmo do afundamento havia caído para 2,6 cm/h. No final do dia, uma nova análise apontou uma desaceleração ainda maior, passando para 1 cm/h.
02/12 – o afundamento do solo caiu a um ritmo de 0,7 cm/hora, mantendo a tendência de desaceleração.
03/12 – ainda em queda, o ritmo da movimentação do solo na área da mina da Braskem passou a 0,3 cm/h.
04/12 – a segunda-feira começou com uma nova desaceleração, 0,25 cm/h, o que acendeu a esperança de uma possível estabilização sem o rompimento abrupto do solo. Contudo, o ritmo do afundamento voltou a subir ao final do dia, 0,26 cm/hora (último balanço divulgado de manhã).
05/12 – na manhã desta terça (5), a velocidade subiu 0,01 cm/h novamente, passando a 0,27 cm/hora.
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