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Tesouro Direto: título público voltado à educação deve ser lançado em julho, diz secretário

Objetivo do novo papel é estimular famílias a poupar para financiar ensino superior dos filhos. Tesouro também estuda títulos como garantia em financiamentos e caução em aluguéis. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta quinta-feira (27) que o lançamento de um título do Tesouro Direto voltado à educação deve ocorrer em julho.
O objetivo do novo título é estimular as famílias na formação de uma poupança para financiar o estudo dos filhos na universidade, seja para o pagamento da mensalidade de uma instituição privada, seja para custeio de outras despesas durante o curso superior.
O Tesouro Direto é um programa criado em janeiro de 2002 e permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet, com investimentos a partir de R$ 30,00.
Em janeiro deste ano, o Tesouro Nacional lançou um título destinado à aposentadoria, chamado RendA+, para quem deseja complementar a aposentadoria e receber um benefício mensal extra.
Incentivo à poupança
Agora, a ideia do Tesouro é lançar outro título de finalidade específica. Enquanto o objetivo do RendA+ é complementar a aposentadoria, esse novo papel será voltado à educação, para incentivar que as famílias comecem a poupar para a graduação dos filhos desde o nascimento das crianças.
“Quando o filho nasce, você pode começar esse processo de investimento. Tesouro Direto você pode investir com R$ 30. Então ele é bastante acessível, mesmo para as classes de menor renda”, explicou o secretário do Tesouro.
Segundo Rogério Ceron, o Tesouro estuda outras funcionalidades para o título:
‘Gift card’ (cartão presente): o ‘gift card’ é um cartão pré-pago com créditos que podem ser utilizados em determinada plataforma ou serviço. Seria então uma espécie de vale-presente destinado à poupança da criança;
Investimento colaborativo: na linha do ‘gift card’, seria a possibilidade de outro familiar, como tio, avô, etc, fazer aportes automáticos na mesma poupança para contribuir com o financiamento da educação superior de determinada criança da família;
Investimento pelas empresas: a utilização desse produto como um benefício para os empregados, nos moldes da previdência complementar. Por exemplo, o funcionário investiria R$ 50,00 na poupança do filho e a empresa depositaria na mesma conta outros R$ 50,00. Na avaliação do secretário, além da empresa apoiar o investimento em educação para o filho do colaborador, a medida pode gerar maior engajamento entre os funcionários.
Caução em aluguéis
O Tesouro Nacional também estuda a possibilidade de utilizar os recursos investidos em títulos do Tesouro Direto como garantia em financiamentos e como caução em aluguéis de residências.
Segundo Ceron, a medida pode baratear o acesso ao crédito. Você dá mais segurança para a instituição financeira. Com isso, você consegue taxas de juros menores no financiamento”, afirma.
No caso do aluguel, a sugestão é utilizar o investimento como garantia em substituição ao depósito caução. Muitas vezes o inquilino precisa depositar o valor correspondente a três meses de aluguel.
“Fazer o instrumento financeiro como garantia é muito mais seguro pra todo mundo. Você pode reduzir custos. O seguro de aluguel hoje é caro. De repente, você pode baratear com uma medida como essa”, explicou.
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A previsão do secretário é que essa outra frente seja lançada pelo Tesouro no final do ano.
“Tudo isso está em estudo na linha de tornar o Tesouro Direto uma grande plataforma de produtos voltados para educação financeira, para o apoio financeiro, para a poupança das famílias brasileiras”, concluiu Ceron.

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