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Dívida pública recua 0,68% em setembro, para R$ 5,44 trilhões

De acordo com o Tesouro Nacional, queda se deve ao resgate líquido (acima das emissões) de R$ 90,27 bilhões em títulos públicos. Despesas com juros somaram R$ 52,92 bilhões em setembro. A dívida pública federal em títulos – que inclui os débitos do governo no Brasil e no exterior – registrou queda de 0,68% em setembro e atingiu R$ 5,443 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta quarta-feira (27).
Em agosto, a dívida somava R$ 5,480 trilhões.
A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Ou seja, são empréstimos feitos para pagar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.
De acordo com o Tesouro Nacional, a dívida recuou em setembro porque os resgates de títulos superaram as emissões de novos papéis em R$ 90,27 bilhões. Esse valor superou as despesas com juros, que somaram R$ 52,92 bilhões (atuando para elevar o endividamento).
Segundo a instituição, a curva de juros subiu no Brasil no mês passado “refletindo a maior aversão ao risco no exterior e no cenário interno, embora a discussão entre poderes para pagamento dos precatórios dentro do limite do teto de gastos tenha contribuído para estabilizar o mercado de juros”.
A expectativa do Tesouro Nacional é de que a dívida pública continue a crescer nos próximos meses, e que termine 2021 entre R$ 5,6 trilhões e R$ 5,9 trilhões.
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Detentores e custo médio
Os números do Tesouro Nacional também revelam que os investidores estrangeiros compraram títulos públicos no mês passado. Por isso, a participação desse grupo na dívida pública interna avançou.
Em agosto, os não residentes no país detinham 9,76% da dívida total, o equivalente a R$ 510 bilhões, valor que subiu para R$ 521 bilhões, ou 10,05% do total, em setembro.
Com isso, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores da dívida pública interna, atrás de:
instituições financeiras (R$ 1,624 trilhão, ou 31,33% do total).
fundos de investimento (R$ 1,2 trilhão, ou 23,15% do total);
fundos de previdência (R$ 1,128 trilhão ou 21,76% do total);
Já o custo médio das emissões de títulos públicos no mercado interno, segundo o Tesouro Nacional, passou 7,96% ao ano, em doze meses agosto, para 8,10% ao ano, em setembro.
O aumento do custo médio está relacionado com o aumento dos juros básicos da economia pelo Banco Central para combater a inflação.
Início de outubro
Na parcial do mês de outubro, ainda segundo o Tesouro Nacional, houve novo aumento nos juros futuros, com impacto as taxas dos leilões de venda de títulos públicos.
“A parte curta da curva [de juros] subiu, em grande medida, devido à percepção de risco fiscal. As partes intermediárias e longas da curva também tiveram alta, reflexo das preocupações com questões fiscais e da pressão ocasionada pela alta das ‘treasuries’ [títulos] no mercado dos EUA”, informou.
Acrescentou que, nesse cenário, o risco Brasil (acima da curva de juros dos Estados Unidos) de cinco anos apresentou alta de 10,8%, alcançando o valor de 228 pontos no dia 26 de outubro.
“Ao longo do mês de outubro, o Tesouro Nacional voltou a ajustar as suas emissões em função das condições de mercado, optando por reduzir os lotes em momentos de maior volatilidade”, concluiu.

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