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Bovespa tem forte queda por receio de ‘furo’ no teto de gastos

Na quarta-feira, Ibovespa fechou em alta de 0,10%, a 110.786 pontos. O principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em forte queda nesta quinta-feira (21), com os mercados reagindo às declarações do ministro Paulo Guedes, que falou em “licença” para furar o teto de gastos para financiar o valor de R$ 400 para o programa Auxílio Brasil.
Às 10h08, o Ibovespa recuava 1,64%, a 108.971 pontos. Veja mais cotações.
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Lá fora, os ativos brasileiros negociados nos mercados externos despencavam nesta manhã em reação às declarações feitas pelo ministro na noite de quarta-feira e temores de descontrole fiscal. Em Paris, um ETF que acompanha o Ibovespa desabava 5,2%, maior queda desde março. No pré-mercado em Nova York, o iShares MSCI Brazil ETF caía 3,8%.
Na quarta-feira, a bolsa fechou em alta de 0,10%, aos 110.786 pontos, após ter registrado queda de 3,28% na terça-feira. Com o resultado, passou a acumular avanço de 0,17% no mês e de 6,92% no ano.
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Cenário
A fala do ministro Paulo Guedes de que o governo estuda alternativas para viabilizar o valor de R$ 400 para o Auxílio Brasil foi interpretada pelo mercado como o fim do teto de gastos, tido como âncora fiscal do Brasil, o que golpearia um já fragilizado cenário para as contas públicas no país. A regra em vigor desde 2016 não permite o crescimento das despesas do governo acima da inflação do ano anterior.
“Temos a regra fiscal e ela está sendo desmontada. Esse ‘waiver’ que o ministro pediu ontem é o fim do teto de gastos”, afirmou o economista e especialista em contas públicas Guilherme Tinoco, em entrevista à GloboNews (veja vídeo mais acima).
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O ministro disse que o governo avalia se o benefício temporário que irá vitaminar o novo Bolsa Família será pago fora do teto, o que demandaria uma licença, chamada pelo ministro de “waiver”, para um gasto de cerca de R$ 30 bilhões, ou se haverá opção por uma mudança na regra constitucional do teto de gastos para acomodá-lo.
Guedes defendeu que o governo busca ser “reformista e popular” e “não “populista”, em meio a críticas generalizadas de que a burla ao teto de gastos seria uma medida eleitoreira e que não representaria uma mudança efetiva para o Bolsa Família.

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