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Sustentabilidade: avaliação do consumidor influencia ações de pequenos negócios

Conheça foodtech que usa a tecnologia para as entregas e também para minimizar o desperdício de alimentos. Pequenas e médias empresas brasileiras estão incluindo cada vez mais o tema sustentabilidade em suas práticas e já medem o esforço que empregam em medidas sustentáveis através da perspectiva do cliente.
Essa constatação faz parte de uma pesquisa exclusiva do Capterra, plataforma de avaliação e seleção de softwares, que aponta que 71% dos pequenas e médios negócios do país avaliam o sucesso de suas ações sustentáveis através da satisfação do consumidor.
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Depois dos clientes, essas empresas também consideram a satisfação dos funcionários (54%) e a imagem da marca (49%) como indicativos de sucesso das ações sustentáveis.
“Todas as empresas participantes da pesquisa declararam possuir medidas sustentáveis em vigor, o que é um forte indicativo de que a agenda sustentável já está em prática nas pequenas e médias empresas brasileiras”, explica Marcela Gava, analista da Capterra responsável pelo estudo.
Marcela explica que o tema sustentabilidade está cada vez mais presente no ambiente corporativo. Dois motivos explicam esse cenário: a crescente demanda dos consumidores por produtos sustentáveis e a popularização das práticas ESG (sigla em inglês para “Environmental, Social and Governance”, que em português significa “Ambiental, Social e Governança” e se refere a práticas de sustentabilidade corporativa).
Os investimentos dessas empresas estão direcionados principalmente a questões ambientais e as ações mais utilizadas são:
Reciclagem de resíduos (66%);
Implementação de softwares para reduzir o uso de papel (63%);
Eliminação do uso de plástico ou redução do uso (60%).
Os principais motivos que levam esses empresários a investir em sustentabilidade são:
Fazer parte de uma causa positiva (55%)
Economia de energia (46%)
Economia de dinheiro (37%)
Reputação (26%)
Oportunidades em novos mercados (24%)
Mesmo quando esse não é o foco principal, o uso de práticas sustentáveis pode sim trazer ganhos financeiros. Os empresários definem como os principais benefícios:
Economia de gastos (66%)
Mudança positiva na reputação da marca (53%)
Aumento da moral interna entre os funcionários e colaboradores (42%)
Dificuldades
“A falta de incentivo financeiro é a principal queixa das pequenas e médias empresas em relação à implementação da sustentabilidade”, afirma Marcela.
O estudo mostra que essas empresas destinam de 6% a 10% de incentivos para a causa. Oito em cada 10 empresas tomam essa ação por conta própria, ou seja, não recebem financiamento nem ajuda governamental para colocar em prática as medidas que acham necessárias.
Por outro lado, quando é necessário aumentar o valor de um produto ou serviço exatamente para agregar essas práticas sustentáveis, a maioria dos consumidores brasileiros aprova: 47% concordam de alguma maneira que o preço é justo e 23% concordam plenamente com esta afirmação.
“Notamos que, mais consciente e preocupado com sustentabilidade, o consumidor brasileiro tem sido coerente com seus posicionamentos ao realizar compras. Esse comportamento pode indicar que, aos olhos dos clientes, as empresas passarão cada vez mais a serem avaliadas por suas práticas em relação à sustentabilidade”, afirma Marcela.
O produto que as pessoas estão mais dispostas a pagar por sustentabilidade é comida e bebida, seguido por roupas e em terceiro lugar produtos de bem-estar.
Sustentabilidade no DNA
A foodtech Raízs, que conecta pequenos produtores a consumidores de alimentos orgânicos, é uma dessas empresas que investe em sustentabilidade. As ações fazem parte do modelo de negócios desde seu surgimento em 2014.
“Oferecemos remuneração justa ao pequeno produtor, vendemos alimentos mais baratos que os supermercados, conectamos as pessoas a uma alimentação mais saudável e diminuímos o nosso o impacto ambiental”, explica Bianca Reame, diretora de marketing da Raízs.
Entre as práticas sustentáveis da foodtech Raízs está a eliminação de embalagens plásticas.
Helena Mazza
A plataforma da Raízs atende em média 30 mil clientes por mês e usa a tecnologia para as entregas e também para minimizar o desperdício de alimentos. Só são retirados da terra os produtos que o cliente irá consumir, reduzindo a possibilidade deles serem descartados sem antes serem consumidos.
Além disso, não utiliza embalagens plásticas individuais. A maior parte dos alimentos chega para o consumidor em uma caixa de papelão. Para os que precisam estar embalados, é usado papel reciclável. A empresa também faz ações de conscientização dos funcionários para evitar o desperdício e priorizar alternativas recicláveis ou reutilizáveis.
Como mostra a pesquisa do Capterra, Bianca conta que para a Raízs é possível medir o retorno dessas ações a partir da percepção de seus clientes.
“O principal retorno financeiro é que essas ações, na contracorrente do que os supermercados convencionais praticam, são valorizadas pelos clientes e acabam se transformando em vetor de fidelização. Vemos que escolher a Raízs acaba sendo uma forma do nosso cliente contribuir, ainda que na escala individual, a um modo alternativo e mais sadio de consumo”, afirma Bianca.

O Idecon é um Instituto que caminha por meio de muito trabalho, ofertando serviços em busca do Equilíbrio e Harmonia nas Relações de Consumo.

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