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Dólar abre em alta com mercado de olho em desemprego no Brasil, PIB dos EUA e tarifas de Trump

No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,83%, cotada a R$ 5,8025. Já o principal índice da bolsa de valores brasileira recuou 0,96%, aos 124.769 pontos.
Cris Faga/Dragonfly/Estadão Conteúdo
O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (27), com diversos fatores nacionais e internacionais no radar dos investidores.
No Brasil, o destaque fica com novos números do mercado de trabalho, divulgados pelo IBGE nesta manhã. A taxa de desemprego ficou em 6,5% no trimestre encerrado em janeiro, uma alta de 0,3 ponto percentual em relação aos 6,2% registrados no trimestre anterior, terminado em outubro. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
Além disso, investidores também repercutem o resultado das contas externas do Brasil, que tiveram déficit de US$ 8,7 bilhões em janeiro, quase o dobro do déficit de US$ 4,4 bilhões do mesmo período do ano passado, ao passo que o investimento estrangeiro teve queda, segundo o Banco Central (BC).
No exterior, o mercado aguarda a divulgação do PIB do quarto trimestre de 2024 dos Estados Unidos e repercute as últimas falas do presidente Donald Trump, que afirmou que pretende impor tarifas de 25% sobre todos os produtos importados da União Europeia que chegam ao país.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Em meio a decretos de Trump elevando tarifas, veja principais itens do comércio entre Brasil e EUA e as tarifas cobradas
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
Dólar
Às 09h05, o dólar subia 0,09%, cotado a R$ 5,8079. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,83%%, cotada a R$ 5,8025.
Com o resultado, acumulou:
alta de 1,26% na semana;
recuo de 0,59% no mês; e
perdas de 6,10% no ano.

a
Ibovespa
Já o Ibovespa recuou 0,96%, aos 124.769 pontos.
Na véspera, o índice teve baixa de 0,96%, aos 124.769 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
queda de 1,86% na semana;
perdas de 1,08% no mês;
alta de 3,73% no ano.

O que está mexendo com os mercados?
O destaque do cenário macroeconômico brasileiro neste pregão fica com os números da PNAD Contínua, que mostraram um aumento de 0,3 ponto percentual no desemprego no trimestre encerrado em janeiro, com a taxa chegando a 6,5%. No mesmo período do ano passado, a desocupação atingia 7,6% da população em idade de trabalhar.
Segundo o IBGE, 7,2 milhões de pessoas estão sem emprego no país, um crescimento de 5,3% na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2024, porém, houve queda de 13,1% (cerca de 1,1 milhão de pessoas) no número de desempregados.
Apesar da alta no desemprego, o resultado ainda veio levemente abaixo do esperado pelo mercado financeiro, que previa uma taxa de desocupação de 6,6% para o trimestre encerrado em janeiro.
Na quarta-feira (26), o Ministério do Trabalho também já havia divulgado novos números de emprego. Segundo a pasta, o Brasil gerou 137,3 mil empregos formais em janeiro deste ano. O resultado representa uma queda de 20,7% em relação a janeiro do ano passado (173,2 mil vagas), mas ainda foi três vezes maior do que o esperado pelo mercado.
Um mercado de trabalho mais forte que as expectativas aumenta a cautela dos investidores com a inflação. Isso porque mais emprego gera mais renda para a população, que continua consumindo e demandando bens e serviços, tornando a desaceleração da inflação mais difícil.
Ainda no cenário interno, o BC divulgou o resultado das contas externas (transações correntes) do país em janeiro, que tiveram um déficit de US$ 8,7 bilhões, contra US$ 4,4 bilhões no mesmo mês do ano passado. Esse é o pior resultado para o mês de janeiro desde 2020.
O resultado em transações correntes, um dos principais indicadores sobre o setor externo do país, é formado por balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).
Segundo o BC, a piora do déficit externo brasileiro no mês é consequência, sobretudo, de uma redução do superávit da balança comercial, que veio R$ 4,3 bilhões menor no período. Ou seja, a vantagem do país exportando mais que importando diminuiu.

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