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Dólar abre em alta, de olho nas reuniões do G20 e à espera do pacote de cortes de gastos

Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,74%, cotada a R$ 5,7469. Já o principal índice de ações da bolsa de valores fechou estável. Cédulas de dólar
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O dólar abriu a sessão desta terça-feira (19) em alta, com investidores ainda atentos às últimas reuniões do G20 no Rio de Janeiro e à espera do anúncio do pacote de corte de gastos do governo federal.
O G20 reúne as principais economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. Sob comando do Brasil pela primeira vez, o encontro de líderes teve foco no combate à fome, ma mudança climática e na reforma das instituições de governança global, como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Esses temas são prioritários na agenda internacional do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além disso, investidores continuam na expectativa pelo anúncio do pacote de medidas para cortar os gastos públicos, prometidos pelo governo. Com as reuniões do G20 nos holofotes, a estimativa é que o anúncio fique apenas para depois do encontro de líderes.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 9h01, o dólar operava em alta de 0,32%, cotado a R$ 5,7654. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,74%, cotada a R$ 5,7469.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,74% na semana;
recuo de 0,60% no mês;
ganho de 18,43% no ano.

Ibovespa
As negociações no Ibovespa, por sua vez, começam a partir das 10h.
Na véspera, o índice fechou em queda de 0,02%, aos 127.768 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,02% na semana;
perdas de 1,50% no mês;
recuo de 4,78% no ano.

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Em uma semana mais curta por conta do feriado da Consciência Negra no Brasil na quarta-feira (20) e sem grandes divulgações de indicadores previstas para os próximos dias, investidores continuam a monitorar as reuniões do G20 nesta terça-feira.
O encontro de líderes das maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana, teve como foco o combate à fome, a mudança climática e a reforma das instituições de governança global, como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Com o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltados para os encontros do G20, a previsão do mercado é que o anúncio das medidas de cortes de gastos fique apenas para depois das reuniões.
Segundo analistas, apesar da demora ainda causar preocupação no mercado, a estimativa de que o governo anuncie um corte em torno de R$ 70 bilhões tem sido bem-vista pelos investidores.
“O que Haddad tem dito é que o pacote está pronto. Os números giram em torno de R$ 70 bilhões de economia na soma de 2025 e 2026, mas ainda há poucos detalhes”, disse Caio Megale, economista-chefe da XP.
A previsão, segundo Megale, é que os cortes fiquem entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões para 2025 e atinjam os R$ 40 bilhões em 2026.
A espera pelo pacote de cortes já dura mais de duas semanas. Inicialmente, investidores acreditavam que as medidas seriam anunciadas logo após o fim do segundo turno das eleições municipais. No entanto, as negociações para decidir quais ministérios seriam atingidos pelos cortes se estenderam.
No domingo (18), em entrevista à CNBC, Haddad afirmou que o pacote com medidas de contenção de gastos está “está fechado” e será divulgado em breve.
“Nós vamos anunciar brevemente, porque está faltando a resposta de um ministério […], o Ministério da Defesa”, afirmou. “Tivemos boas reuniões com o ministro [José Múcio] e os comandantes das Forças”.
O ministro também informou que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, sinalizou que fará todo o esforço necessário para aprovar as medidas ainda neste ano no Congresso.
Na segunda-feira, o presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que as taxas de juros mais longas estão em alta por uma percepção dos mercados financeiros de que o governo não conseguirá cumprir com as metas estabelecidas pelo arcabouço fiscal — regra que limita as despesas públicas.
No exterior, as atenções ficam voltadas para o agravamento das tensões entre Rússia e Ucrânia. Para além dos efeitos sociais e geopolíticos, a piora do conflito também aumenta a aversão ao risco pelo mundo e pressiona os preços do petróleo no mercado internacional.
Em falas recentes, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que o país pode considerar o uso de armas nucleares se for alvo de um ataque com mísseis convencionais apoiado por uma potência nuclear.
A afirmação veio após os Estados Unidos terem permitido que a Ucrânia disparasse mísseis de longo alcance fabricados nos EUA em direção à Rússia.
Além disso, o mercado também segue avaliando os eventuais impactos que a gestão de Donald Trump, presidente eleito nos Estados Unidos, pode ter na inflação e nos juros da maior economia do mundo.
Na sexta-feira, dados econômicos e de inflação fortes nos EUA continuaram a remodelar o debate sobre o ritmo e a extensão dos cortes de juros, com investidores reduzindo ainda mais suas expectativas de queda das taxas na reunião de dezembro.
A maior parte do mercado, no entanto, ainda espera um corte, com 61,9% dos economistas projetando um corte de 0,25 ponto percentual no encontro da instituição, em 18 de dezembro. Os dados são da ferramenta FedWatch, do CME Group.
Na zona do euro, o foco ficou com as falas recentes do membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE) Fabio Panetta. Ele afirmou que a instituição deveria coltar a adotar uma abordagem mais prospectiva na definição da política monetária e fornecer mais orientações sobre medidas futuras, agora que os choques pós-pandemia estão diminuindo e a inflação se normalizando.
*Com informações da agências de notícias Reuters.

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