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Dólar opera em alta e encosta nos R$ 5,79, com risco fiscal brasileiro e dados da economia dos EUA

No dia anterior, a moeda norte-americana teve alta de 0,92%, cotada a R$ 5,7610. Já o principal índice de ações da bolsa de valores encerrou em queda de 0,37%, aos 130.730 pontos. Cédulas de dólar
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O dólar opera em alta nesta quarta-feira (30), com o mercado ainda cauteloso com o risco fiscal brasileiro, depois do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmar, na véspera, que não há previsão para divulgação do novo pacote com corte de gastos.
Além disso, investidores também ficam de olho em alguns dados econômicos importantes, com destaque para o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que veio abaixo do esperado. Na leitura da primeira estimativa para o terceiro trimestre, o PIB americano cresceu 2,8%, contra expectativas de alta de 3,0%.
Dados do mercado de trabalho, no entanto, mostraram uma geração de vagas muito acima do esperado em outubro, o que volta a reforçar as dúvidas sobre quais serão os próximos movimentos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) com a condução das taxas de juros.
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Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 09h35, o dólar subia 0,40%, cotado a R$ 5,7839. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,7889. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda avançou 0,92%, cotada a R$ 5,7610, atingindo o maior patamar desde 30 março de 2021, quando fechou a R$ 5,7613. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,7666.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,99% na semana;
avanço de 5,77% no mês;
ganho de 18,72% no ano.

O
Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice encerrou em baixa de 0,37%, aos 130.730 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,64% na semana;
perdas de 0,82% no mês;
recuo de 2,58% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
Além das divulgações, o mercado segue de olho no cenário fiscal brasileiro. Nas últimas semanas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou que a equipe econômica poderia lançar novas medidas estruturais para reduzir os gastos públicos após as eleições municipais.
Nesta terça-feira (29), porém, o ministro afirmou que não há previsão para divulgação do novo pacote fiscal com corte de despesas públicas.
Agora, encerradas as eleições, o mercado espera por mais informações de quando e como esses cortes devem acontecer. Segundo o blog do Valdo Cruz, agentes financeiros disseram que, para ter credibilidade, esse pacote precisaria indicar cortes entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões nos gastos públicos.
A ideia é que o tamanho do ajuste fiscal fique em torno de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Nesta terça-feira (29), o ministro da Fazenda chegou a afirmar que tem uma série de reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao longo desta semana, mas reiterou que ainda não há previsão para a divulgação das medidas.
“Não tem uma data, ele [Lula] que vai definir. Mas a gente está avançando a conversa, estamos falando muito com o [Ministério do] Planejamento também”, afirmou Haddad em conversa com jornalistas.
A equipe econômica vem sendo pressionada a adotar iniciativas pelo lado das despesas. O tema também tem sido abordado frequentemente pelo Banco Central do Brasil (BC) como fator de influência na política monetária.
Na segunda-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, voltou a afirmar que se o Brasil quiser ter juros estruturalmente mais baixos, precisará apresentar medidas que sejam interpretadas como um choque fiscal positivo. As falas aconteceram em uma reunião com investidores realizada pelo Deutsche Bank, em Londres.
*Com informações da agência de notícias Reuters

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